Depois de triturado, pneu pode se transformar em sola de sapato, asfalto, combustível e até trilho de trem
O Brasil é o 7º produtor mundial de pneus para automóveis e o 5º em pneus para caminhões e ônibus. Apenas em 2019 foram fabricados mais de 41 milhões de pneus de passeio. Do outro lado da operação, o setor de pneus precisa investir na a Logística Reversa de seus produtos, que são altamente poluentes.
Em 2019, mais de 470 mil toneladas de pneus inservíveis foram coletadas e destinadas de forma ambientalmente adequada.
A Reciclanip, entidade ligada à Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), foi criada em 2007 pelas fabricantes nacionais de pneus e trabalha com 1026 pontos de coleta distribuídos por todo o Brasil e mais de 90 caminhões por dia percorrendo todos os estados para coletar e destinar corretamente os pneus produzidos no Brasil.
Ciclo do Pneu
A economia circular é um sistema que busca o uso mais eficiente dos recursos naturais, ampliando a competitividade da indústria ao substituir o conceito de “fim de vida” de um produto por um modelo regenerativo, que abre novas possibilidades de reutilização, reciclagem e recuperação da produção, mantendo seus níveis de utilidade e valor ao longo do tempo.
Na Reciclanip, o ciclo de vida de um pneu se insere nesse modelo. Após a coleta, os pneus inservíveis são destinados às empresas trituradoras, onde são transformados em novos produtos, muitas vezes desconhecidos. Veja abaixo cinco diferentes formas de uso do pneu após a sua vida útil:
1 – Indústria cimenteira
Pelo seu alto poder calorífico, os pneus inservíveis são utilizados como combustível alternativo em fornos de cimenteiras, em substituição ao coque de petróleo. Além dos benefícios da destinação dos pneus, há ainda o fator dos pneus inservíveis possuírem um nível de enxofre muito menor em comparação ao coque de petróleo.
2 – Artefatos de borracha
A borracha retirada dos pneus inservíveis também dá origem a diversos artefatos, dentre os quais tapetes para automóveis, pisos industriais e pisos para quadras poliesportivas.
3 – Produtos laminados
Nesse processo, os pneus não-radiais são cortados em lâminas que servem para a fabricação de percintas (utilizadas em indústrias moveleiras), solas de calçados, dutos de águas pluviais, entre outros produtos.
4 – Siderurgia
Além da borracha, todo o aço retirado das calotas dos pneus durante os processos de trituração também é retornado para as siderúrgicas.
5 – Asfalto-borracha
Também chamado de ecológico, o asfalto borracha é produzido com a adição de pó extraído dos pneus usados ao ligante asfáltico. Isso faz deste material muito mais resistente e durável do que o convencional. Além da durabilidade, ele reduz o risco de derrapagens e também o ruído dos veículos. E, para finalizar, este tipo de asfalto pode ser mais vantajoso para as concessionárias, já que reduz o consumo de massa asfáltica na obra e o custo de manutenção.om 1026 pontos de coleta distribuídos por todo o Brasil e mais de 90 caminhões por dia percorrendo todos os estados para coletar e destinar corretamente os pneus produzidos no Brasil.
Fonte: CicloVivo
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