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Foto do escritorDircélio Timóteo

A cada 4 horas, ao menos uma mulher é vítima de violência, aponta estudo

Em 2022, a Rede de Observatórios da Segurança registrou 2.423 casos de violência contra a mulher, sendo 495 feminicídios


Foto: Jirawatf/Freepik


No ano passado, 2.423 casos de violência contra a mulher foram registrados no país, dos quais 495 resultaram em morte. A estatística revela que, em média, a cada quatro horas, uma mulher foi vítima de ataques e, a cada 24 horas, uma foi morta.


Esse levantamento consta no relatório intitulado “Elas Vivem: dados que não se calam”, lançado nesta segunda-feira (6) pela Rede de Observatórios da Segurança. Os registros foram compilados na terceira edição do boletim e incluem dados da Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo.


A maioria dos crimes é cometida por companheiros e ex-companheiros, responsáveis por 75% dos casos de feminicídio, e motivados por brigas e términos de relacionamento.


São Paulo registrou o maior número de casos, 898, ou seja, um a cada 10 horas. Já no Rio, houve aumento de 45%; pelo menos um caso de violência contra a mulher a cada 17 horas foi registrado, e casos de violência sexual quase dobraram, passando de 39 para 75.


A Bahia é o estado que apresentou a maior alta em um ano, 58%, o que representa pelo menos um caso por dia. Além disso, o estado lidera o número de feminicídios no Nordeste com 91 registros.


Pernambuco é o segundo estado do Nordeste em registros de violência contra a mulher (225), com pelo menos um caso a cada dois dias. O estado também passou a liderar os números de transfeminicídios – posição ocupada pelo Ceará nos últimos dois anos.


“Para além da responsabilidade individual precisamos refletir sobre a responsabilidade do estado em tolerar que tantos feminicídios aconteçam. Já foram assinados tratados e já avançamos em algumas direções, mas ainda se permite a impunidade. E isso se dá ao não saber como esse crime acontece, não se fazer o devido registro, não qualificar juridicamente da maneira correta”, explica Edna Jatobá, coordenadora do Observatório da Segurança de Pernambuco.
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