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Foto do escritorDircélio Timóteo

Doenças ligadas à falta de saneamento básico deixam 38 crianças doentes em Várzea Paulista



As parasitoses intestinais fazem parte da lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) de doenças negligenciadas. De acordo com a definição da instituição, elas persistem em condições de pobreza, áreas rurais remotas, favelas urbanas ou zonas de conflito e contribuem para a manutenção da desigualdade. A escassez ou ausência de políticas públicas e a falta de estatísticas robustas tornam o enfrentamento dessas doenças ainda mais difícil.


Em uma área afastada do Centro de Várzea Paulista, um núcleo de submoradia, na Vila Real, enfrenta uma grave crise de diarréia e outros males. O diagnóstico aponta estar relacionado a proliferação de parasitas oriundos do esgoto que corre a céu aberto na rua Ilha Bela, que além do mau cheiro faz com que as crianças tenham contato com a água suja, contribuindo com o surgimento de diversas doenças.


No entanto, não são apenas as crianças que são afetadas. As infecções gastrointestinais também sinalizam que a situação merece atenção emergencial.



Eliane Farias de Melo, mora há mais de 10 anos no local. Ela comentou que seu filho de 14 anos ficou doente e disse que utiliza o acesso para ir até a escola à (... ) km de sua casa. O trajeto é a pé e mesmo evitando o contato com a água suja, ele adoeceu, fazendo com que Eliane perdesse dias em seu trabalho.


“Nossa comunidade foi esquecida pelo poder público. Vivemos em condições subumanas. Esgoto correndo a céu aberto, invadindo casas. Ir para a escola em dias de chuva ou trabalhar é um desafio” – disse Eliane

Diarreia, náuseas, mal-estar, febre alta e calafrios são as reclamações apontadas por outras mães. E elas não podem ser ignorados, já que também são sintomas de leptospirose, hepatite A, diarréia bacteriana.




Zenaide Santana Vieira comentou que três pessoas de sua família estão doentes. Ela diz que foi feito um serviço para conter a água de esgoto que passa pela rua, porém não concluíram e isso já faz quase 12 meses.


"A gente pede, implora para eles nos ajudarem, mas eles não fazem nada. Nós somos pobres, desprezados, humilhados. Temos que ficar aqui não porque queremos. Nós não temos condições de pagar aluguel ou ter nossa casa própria ", concluiu.

Ela alega que foram feitas várias promessas durante o período de campanha eleitoral e depois nada aconteceu.


Em nota a gestão municipal de Várzea Paulista pontuou que tem prestado serviços à comunidade, ouvindo e dialogando com os moradores que buscam atendimento dos serviços públicos.

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