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Golpistas roubam fotos de mulheres na web e as utilizam para site de conteúdo pornográfico

Foto do escritor: Dircélio TimóteoDircélio Timóteo

Um crime praticado na internet contra mulheres motivou mais de dez denúncias, só neste mês, em uma delegacia especializada no Maranhão.



Imagem pixabay


Uma jovem de 19 anos, que não quer se identificar, conta que levou um susto quando acordou e viu uma enxurrada de mensagens de amigos com cópias do que seria um novo perfil dela , em uma rede social:


“Quando eu comecei a ler as mensagens dos meus amigos falando ‘criaram um perfil fake seu’ e eu entrei no perfil, eu tomei uma dimensão do que era realmente o que estava acontecendo ali. Fizeram um perfil novo, fizeram site, um site para maiores de 18, com as minhas fotos, falando que era eu e, de primeiro momento, eu fiquei em choque, eu não sabia reagir à essa situação"

Foi o que também aconteceu com outra jovem, de 25 anos:


"Eles estavam postando stories. Normal, entendeu? Como se fosse eu que estivesse postando. Mas fazendo anúncios referentes a esse conteúdo".

Essas jovens foram vítimas de golpistas que roubam fotos de mulheres em seus perfis nas redes sociais e criam contas falsas para anunciar serviço de acesso a conteúdo pornográfico.


De acordo com a polícia, os criminosos agem sempre no mesmo padrão: escolhem fotos em que as vítimas aparecem usando roupa de praia, mudam uma ou duas letras do usuário, e mantêm o nome da pessoa na bio. Quando o interessado clica, é direcionado para um site de conteúdo para adultos.


Na página, aparecem fotos e vídeos borrados, que estão bloqueados. Os golpistas prometem aos usuários um mês de acesso de graça se fizerem a assinatura imediata..


"Nesse momento, ocorre a prática do fishing, ou seja, os dados do dispositivo daquela vítima são de posse do criminoso, que vai utilizar para comercialização, etc. Além dos dados do cartão de crédito, que essa plataforma também pega os dados do cartão de crédito e débito, onde a vítima coloca lá para fazer eventual pagamento", conta o delegado Guilherme Campelo.

Segundo a polícia, os golpistas também fizeram vítimas em outros estados, como Minas Gerais, Paraná e São Paulo, de onde vem o relato de outra vítima:


“Eu entrei em contato com a página, e eles me bloquearam. Dali para frente, meu dia foi um inferno. Todo mundo me mandou mensagem, perguntando se eu estava bem, se eu estava realmente vendendo esse conteúdo".

Segundo a polícia, nesta ação estão vários crimes, como falsidade ideológica, invasão de dispositivo de informática, estelionato e associação criminosa.


Algumas dicas podem ajudar as pessoas a protegerem suas contas nas redes sociais.


"Nunca atrelar o número do telefone à sua conta, sempre destinar um e-mail específico para aquela conta, e também autenticar em dois fatores sempre a conta do Instagram. Isso vai evitar que seu dispositivo seja hackeado, o que seria uma prática muito mais danosa", alerta o delegado.

A empresa Meta, que administra o Instagram, declarou que atua para banir quem viola as regras, que incentiva os usuários da rede a denunciar, de forma anônima, os criminosos e que os canais de denúncias estão disponíveis nos próprios perfis dos usuários.





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