Superação, emoção e adrenalina - ou mesmo uma opção por um estilo de vida mais natural. Essas são algumas das motivações que levam cada vez mais pessoas à prática dos chamados esportes radicais, entre várias – o rapel. Mas qual seria o ponto de partida para quem quer deixar a rotina de lado e viver fortes emoções? Aventuras à parte, segurança é o primeiro quesito apontado pelos praticantes desses esportes, que, embora de modalidades diferentes, têm em comum o senso de coletividade.
É assim no grupo Viva Lá Vida , gerido pelo bombeiro civil Adriano da Silva Rocha, de 34 anos, adepto do rapel desde que, aos 22 anos, experimentou pela primeira vez uma descida, no Cachoeira da Meditação, na Serra do Japi, em Jundiaí. Adriano, conta que o grupo é formado por amigos. Como a intenção é a união para poderem fazer o que gostam, os eventos não têm custo, sendo, no entanto, pedida uma contribuição financeira aos participantes, para manutenção e reposição dos equipamentos de segurança.
E segurança é o que Adriano destaca como o primeiro fator a ser avaliado por qualquer pessoa, antes de aderir à prática do rapel.
Segundo ele, é imprescindível a pessoa interessada saber quem é o responsável pelos equipamentos, bem como o grau de conhecimento dos instrutores.
Imagens : Arquivo pessoal
Superação
Outro aspecto apontado por Adriano é que a pessoa avalie qual a finalidade de aderir ao rapel, e qual a meta a ser traçada. Como observa, quem busca rapel normalmente quer sair da rotina, mas há quem também procure a superação, no sentido de controlar algum obstáculo, como o medo, por exemplo. Embora não seja uma modalidade esportiva, e sim uma técnica de descida de escalada, o rapel, como todos os esportes, possui suas regras.
Mulher A vontade de degustar uma sensação nova e há muito comentada por amigos levou a professora Gislene Cró (Gigi), de 40 anos, a desafiar seus medos e encarar uma descida de 40 metros de rapel na Pedreira do Dib, em Maiporã, e de lá pra cá as descidas se tornaram mais desafiadoras. No primeiro momento foi assustador e soltou um sincero “estou apavorada”, revelando nunca antes ter tido contato com qualquer atividade esportiva. Estava tão nervosa que nos primeiros passos da descida as pernas pareciam ter vida própria de tão trêmulas. Aos poucos, pegou o jeito e não só concluiu o rapel com êxito, como prometeu se tornar assídua. “Foi incrível, adorei. Peguei gosto e, com certeza, essa foi a primeira descida de muitas”, disparou, com um sorriso de orelha a orelha, em satisfação plena.
Sonho
Adriano tem um sonho : encontrar me Jundiaí ou nas cidades vizinhas um ponto para ancoragem de rapel. Disse que tentou no Viaduto da Nove de Julho com Avenida Jundiaí, porém não conseguiu autorização – ele aguarda que os responsáveis atenda seu pedido. Segundo ele o esporte é seguro e não irá prejudicar em nada a infraestrutura do espaço ou até mesmo colocar as pessoas em riscos.
Adriano é conhecido na região pela prática do esporte como também por algumas ações solidárias envolvendo captação de doações como alimentos, materiais de higiene pessoal, roupas de inverno e leite – sempre doado para uma organização e sempre envolvendo descidas de rapel. Houve casos que já se vestiu de heróis como homem-aranha ou batman só para agradar uma criança, e é claro, descendo de rapel de algum ponto para gerar surpresa.
Quem quiser saber mais sobre a modalidade e puder ajudar a encontrar na região de Jundiaí um ponto para o esporte entre em contato com ele através do número *(11) 9.7308-8771.
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