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Foto do escritorDircélio Timóteo

O Brasil precisa reduzir a produção, a oferta e o descarte de plástico


Nosso futuro não é descartável.

A história nos revela que a invenção do plástico foi, sem dúvida, um dos grandes avanços tecnológicos para a humanidade. Contudo, é impossível ignorar que esse mesmo material que revolucionou nossa forma de viver tornou-se um dos maiores desafios ambientais que enfrentamos hoje em dia. O plástico, concebido para durar séculos, é utilizado de maneira efêmera, transformando-se em resíduos que persistem na natureza por períodos inimagináveis.

No Brasil, essa problemática atinge números alarmantes. A cada ano, produzimos 500 bilhões de itens de plástico descartáveis, resíduos que, lamentavelmente, carecem de valor para os processos de reciclagem. Uma proporção significativa desses detritos encontra seu caminho até a natureza e, mais especificamente, para os oceanos. Nosso país despeja anualmente 325 milhões de quilos de plástico no mar, contribuindo para uma das maiores ameaças ambientais globais.

O impacto não se restringe aos ecossistemas marinhos. A presença ubíqua de microplásticos, presentes no ar, nos alimentos e até mesmo na água que bebemos, transcendeu barreiras, sendo detectados na placenta, no leite, no sangue e nos pulmões humanos. O que outrora foi considerado um avanço, agora permeia cada aspecto de nossas vidas, tornando-se uma ameaça direta à saúde humana.

É nesse contexto crítico que surge o Projeto de Lei 2524/2022, uma proposta que visa instituir uma Economia Circular do Plástico. Essa iniciativa propõe que todo material produzido seja reutilizável, reciclável ou compostável, criando um ciclo que impede que o plástico seja simplesmente descartado. Dessa forma, evitaremos que esse material nocivo invada nossos ecossistemas, principalmente nossos preciosos oceanos, protegendo a vida marinha e, consequentemente, nossa própria existência.

A urgência em aprovar esse projeto é evidente. Cada minuto que passa, o mundo despeja o equivalente a dois caminhões de resíduos plásticos nos oceanos, comprometendo não apenas a biodiversidade marinha, mas também setores fundamentais como a pesca e o turismo. A poluição por plásticos se posiciona como a segunda maior ameaça ambiental ao planeta, e o PL 2524/2022 é a nossa oportunidade de reverter esse cenário catastrófico.

No Congresso Nacional, a tramitação desse projeto representa a chance de adotarmos medidas concretas para frear a produção desenfreada de plástico e promover uma transição essencial para a sustentabilidade. O momento de agir é agora, pois nosso planeta não é descartável. O PL 2524/2022 é mais do que uma legislação; é um manifesto pela preservação do nosso lar, um chamado à ação para evitar uma tragédia ambiental ainda maior. O futuro da Terra está em nossas mãos, e é imperativo que ajamos com responsabilidade e urgência para preservá-lo para as gerações futuras.


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