Comidas típicas, brincadeiras tradicionais e músicas animaram o arraiá
Eles são trabalhadores como a maioria dos brasileiros que acordam cedo, antes mesmo do sol aparecer. Têm longas jornadas de trabalho e exercem atividades muitas vezes exaustivas. A diferença é que enquanto a maioria dos trabalhadores brasileiros voltam, no final do dia para suas casas, eles buscam nas marquises, um teto para protegê-los do frio, da chuva, ou mesmo dos ataques inesperados de pedestres, policiais ou companheiros de rua.
Para muitos brasileiros, morador de rua é sinônimo de ‘mendigo’, ‘vagabundo’, ‘criminoso’. No entanto, para a equipe de voluntários do projeto "Abraçando as Ruas de Jundiaí", que prestam assistência social à população de rua – eles são seres humanos, que merecem apoio e principalmente que ouçam suas histórias. "É de surpreender!" comenta Franciele Marega, que está à frente do movimento há seis anos.
A iniciativa oferece às pessoas em situação de rua, atendimento às suas necessidades básicas e primárias, como alimentação e higiene, mas também atendimento social, psicológico e médico (atendimentos realizados por voluntários ou parcerias).
Marega conta que entrou no movimento por uma necessidade de “encontrar-se”, e foi através do trabalho com moradores de rua que curou de uma depressão que quase colocou fim a sua vida.
No mês das FestasJuninas, uma ação foi feita exclusivamente para eles. Com direito a pipoca, refrigerante, cachorro quente e quase tudo que se tem no período – exceto bebidas feitas a base de álcool, como quentão e vinho quente. Não faltou a tradicional dança de quadrilha, além de casamento caipira.
O evento aconteceu no último domingo (5) na rua Barão de Jundiaí, contando com a presença de mais de 34 desabrigados e 12 voluntários.
"Foi uma dia especial para os voluntários e para os assistidos. O Arraiá é mais uma ação que contribui para o fortalecimento da autoestima e uma oportunidade para aproximação", disse Marega
Fotos: Divulgação
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